Por Cleberson Kadett
No Brasil vivemos situações esdrúxulas a todo momento e achamos normal. Escutamos músicas que nos rebaixam, nos humilham, nos colocam culturalmente inferiores a qualquer outro país do mundo, com "músicos" desprovidos de talento vocal e instrumental, enquanto "bailarinas" rebolam até o chão, ao som de "hinos" como "quadradinho de oito", "surra de bunda", "Hoje eu pego todo mundo", "Rebolation", "Lepo Lepo", dentre outros.
Aceitamos a corrupção e dela tomamos partido, reelegendo deputados, senadores, prefeitos, vereadores, governadores e até presidentes envolvidos em escândalos que, em qualquer país decente, resultariam em impedimento (impeachment) ou cassação de mandato. Nesse país, engolimos calado um transporte coletivo de péssima qualidade, uma segurança ridícula, uma saúde sub-humana e uma educação medíocre.
Elegemos políticos partidários da ditadura, mesmo tendo sofrido duas décadas com essa forma de governo. Apoiamos o Comunismo, quando o mesmo já se mostrou como sendo apenas uma ideologia política de "tudo para todos", exceto para os seus líderes, que são capitalistas selvagens. Nos rendemos a magia do Carnaval, enquanto milhões de reais vão pelo ralo. Dinheiro que poderia ser gasto com as necessidades mais básicas do ser humano, como o combate a fome e a pobreza, por exemplo.
Apoiamos sem pestanejar uma Copa e uma Olimpíada em casa, quando sabíamos que isso era escopo para a corrupção, o desvio de verbas e centenas de outros crimes. Somos vítimas a todo momento de uma carga tributária cruel e desumana, mas achamos que o país está no caminho certo, por isso somos desbravadores de uma "luta desarmada pela ordem e progresso", arcando com nossos suados impostos e adquirindo smartphones gringos oito vezes mais caros que nos países de origem, apenas por status ou para mostrar que queremos e podemos.
Compramos um carro do ano inCOMPLETO (na Argentina vem com todos os acessórios, ainda que fabricados no Brasil), com 54% de imposto embutido, IPVA com valores até 80% mais caros, em relação aos países que adotam o IU (Imposto Único) ou IVA (Imposto sobre Valores Agregados), mas nos sentimos satisfeitos, porque o vizinho tem um Fusca.
Ainda que em nossos aparelhos de refrigeração (geladeiras) só tenham água e ovos, nós seremos neocapitalistas, pois quem nunca andou de Camaro e Rolex no braço, não se dará ao luxo de dirigir um Chevette e ter um relógio Casio com calculadora no pulso. Sejamos menos hipócritas e mais patriotas, no sentido de sermos como aquele brasileiro do passado, que não desistia nunca, dava o seu sangue por um ideal, mas que hoje já esquecemos qual era. Leiamos mais, sejamos mais críticos, talvez assim mudaremos essa realidade, que como todos dizem: "-Isso só acontece no Brasil!".
OBS: ao citar quaisquer das frases dê os devidos créditos, sob pena de plágio.
Aceitamos a corrupção e dela tomamos partido, reelegendo deputados, senadores, prefeitos, vereadores, governadores e até presidentes envolvidos em escândalos que, em qualquer país decente, resultariam em impedimento (impeachment) ou cassação de mandato. Nesse país, engolimos calado um transporte coletivo de péssima qualidade, uma segurança ridícula, uma saúde sub-humana e uma educação medíocre.
Elegemos políticos partidários da ditadura, mesmo tendo sofrido duas décadas com essa forma de governo. Apoiamos o Comunismo, quando o mesmo já se mostrou como sendo apenas uma ideologia política de "tudo para todos", exceto para os seus líderes, que são capitalistas selvagens. Nos rendemos a magia do Carnaval, enquanto milhões de reais vão pelo ralo. Dinheiro que poderia ser gasto com as necessidades mais básicas do ser humano, como o combate a fome e a pobreza, por exemplo.
Apoiamos sem pestanejar uma Copa e uma Olimpíada em casa, quando sabíamos que isso era escopo para a corrupção, o desvio de verbas e centenas de outros crimes. Somos vítimas a todo momento de uma carga tributária cruel e desumana, mas achamos que o país está no caminho certo, por isso somos desbravadores de uma "luta desarmada pela ordem e progresso", arcando com nossos suados impostos e adquirindo smartphones gringos oito vezes mais caros que nos países de origem, apenas por status ou para mostrar que queremos e podemos.
Compramos um carro do ano inCOMPLETO (na Argentina vem com todos os acessórios, ainda que fabricados no Brasil), com 54% de imposto embutido, IPVA com valores até 80% mais caros, em relação aos países que adotam o IU (Imposto Único) ou IVA (Imposto sobre Valores Agregados), mas nos sentimos satisfeitos, porque o vizinho tem um Fusca.
Ainda que em nossos aparelhos de refrigeração (geladeiras) só tenham água e ovos, nós seremos neocapitalistas, pois quem nunca andou de Camaro e Rolex no braço, não se dará ao luxo de dirigir um Chevette e ter um relógio Casio com calculadora no pulso. Sejamos menos hipócritas e mais patriotas, no sentido de sermos como aquele brasileiro do passado, que não desistia nunca, dava o seu sangue por um ideal, mas que hoje já esquecemos qual era. Leiamos mais, sejamos mais críticos, talvez assim mudaremos essa realidade, que como todos dizem: "-Isso só acontece no Brasil!".
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